31.1.09

Sucrilhos

Noite de lua cheia.
...A cabeça latejando por causa da luminosidade da cozinha. As lágrimas caíam soltas pelo rosto bronzeado. Os olhos e nariz vermelhos. De raiva.
...A mãe à frente tentando consolar.
...Sucrilhos trazidos à boca mecanicamente. Nem eles tinham gosto. O pé direito tremia freneticamente.
...Levantou-se bruscamente. Injustiças sempre existirão.
...Na cena, sobraram uns poucos flocos de sucrilhos e três grossas gotas de lágrimas.
...E, lá fora, a lua continuava a brilhar lindamente, indiferente à menina, aos sucrilhos, às lágrimas. Resplandecia.
ago.06

Um comentário:

Renan Dias disse...

A beleza da tristeza transformada em literatura! Adoro esse seu texto.