20.12.11

amar não acaba

Perceber que amar não acaba. O amar fica ali, quietinho, nos olhos, na boca, no estômago... até que o encontro se re-encontre. E aí é bonito demais. Tão ou mais que o encontro. Esse re-encontro danado, em que olhos, bocas, estômagos, orelhas, mãos, cílios, dedos dos pés se vêem e se re-conhecem. E nem precisa daquela dúvida do início. A dúvida é outra, mais funda. A dívida do passado, incompleto, insuficiente. Que volta para completar-se. Contemplar o passado feito presente (finalmente!), iluminando cada pedacinho de vida.



8/Nov./11







(ao reler as poesias de um menino-pássaro, de olhos pretejados de jabuticabas, para uma menina constelada de pintas, ambos distraídos, que, de tão distraídos, foram se afastando, afastando, até não ter mais volta.)

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